terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Dependência de liberdade.

Após o texto anterior sobre movimentação e liberdade, conversei com um amigo (não praticante) e tivemos uma conversa sobre esse ponto. Tive diversas conclusões e pensamentos novos sobre esse conceito que, vez ou outra, ouvimos no Parkour.


“E o que me motiva? OK, me mover é algo natural que não precisa de razão pra acontecer. E aí? Só? E a motivação pra treinar minha movimentação? Pra sair de casa no intuito de treinar como eu me movimento? A resposta, agora(valeu!) é simples: minha busca por liberdade.”

Uma conclusão bastante bonita. Mas não é o que realmente acontece. Todos nós quando treinamos pensamos em liberdade. Temos aquela sensação de sermos livres, de podermos correr pelados, saltar, escalar e essa variedade de opções que temos e conseguimos após nos “livrarmos” dos conceitos antigos de movimentação. Mas o que temos é realmente liberdade? Somos realmente livres?

Independência é algo muito mais real na vida de um praticante. Vamos pensar em laços. Laços que nós amarramos (internos) e laços que nos amarram (externos). Em toda a nossa vida vamos ganhando ou fazendo laços. Seja com um lugar, com uma pessoa, com alguma coisa, blá... Essa sensação de “liberdade” que temos é por desamarrarmos os laços externos. Isso é o começo da independência, não liberdade. Quando nos livramos dos conceitos de movimentação, somos independentes, não livres.

Porém, quanto mais desamarramos os laços externos, e nos aproximamos mais da real independência, mais capazes somos de nos tornarmos livres. E é isso que mais nos enche o ego e encanta nossos pensamentos com as mais bonitas frases sobre sermos livres.

Movimentação livre? Deixo esse assunto pra um próximo post... =*

5 comentários:

Tatiana Maria disse...

Engraçado... anteontem estava eu revoltada perto do Cristo... Essa coisa de independência e liberdade vamos levando para a nossa vida... até que alguma coisa surge, nos trava e tira o bom-humor.
Não precisamos de carro, ônibus, nem mesmo bicicletas para nos movimentar, mas quando se chega ao perto da entrada do Cristo Redentor, percebe-se que o olho grande de alguns vai pondo grades na cidade e o que era da cidade, torna-se comércio e mesmo que se vá a pé, só pode desfrutar aquele pedaço esvaziando a carteira... Parece que liberdade de ir e vir em alguns lugares foi dar um passeio... =/
A busca pela liberdade nunca termina, pois tem sempre alguém tentando nos prender.

Duddu Rocha disse...

A busca nunca termina mesmo. E eu, por experiencia propria, já decidi que não penso mais nesse assunto dessa maneira. Tentar definir se sou livre ou não já é começar a me prender. Prefiro viver somente.

Tatiana Maria disse...

Volte a escrever, SD!!!!!!!


=P

Duddu Rocha disse...

cadê as outras postagens?????

vc tem muito assunto pra escrever!!! MANDE BRASA!

Tatiana Maria disse...

Aguardando suas novas postagens!!!

Vou encher a sua paciência até você voltar a escrever! =P

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